ENFIM A PRIMAVERA, QUE AS CHUVAS CAIAM SERENAS E O PAÍS RENASÇA C/GESTORES ÉTICOS/COMPETENTES.

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quinta-feira, 23 de junho de 2011

15 ANOS DEPOIS..... VAI A JÚRI POPULAR O CASO PC FARIAS! UFA!!

Quinze anos após polêmicas, investigações questionadas e recursos judiciais, a 8ª Vara Criminal de Maceió vai decidir até setembro o futuro dos quatro ex-seguranças da casa de praia onde morreram Paulo César Farias e sua namorada, Suzana Marcolino, no dia 23 de junho de 1996. Acusados de praticarem duplo assassinato, o quarteto será levado a júri popular por decisão recente do STF) As mortes de Paulo César e Suzana ainda são cercadas de mistério. Embora os ex-seguranças sejam os únicos a sentar no banco dos réus, uma dúvida persiste: quem mandou assassiná-los? As investigações apontaram para um crime passional, com o assassinato do ex-tesoureiro de Fernando Collor de Mello, seguido do suicídio de Suzana. Dois anos depois, a versão oficial foi mudada para duplo assassinato, resultando, em outubro de 2002, na pronúncia dos acusados Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva. Provavelmente até o dia 20 de setembro este caso estará julgado. Promotor responsável pela denúncia, Luiz Vasconcelos não sabe se vai atuar no julgamento, diz não ter dúvidas sobre a culpa dos quatro militares: “Tecnicamente se provou que os seguranças estavam no local e na hora do crime. Ficou provado que os tiros eram audíveis dos locais onde eles disseram que estavam." Como nenhum dos militares confessou o duplo homicídio ou apontou uma terceira pessoa na cena do crime, o Promotor embasou a denúncia afirmando que eles, de forma direta ou indireta, participaram do duplo homicídio. O advogado dos ex-seguranças de PC Farias, José Fragoso Cavalcanti alegará aos jurados que o ex-tesoureiro foi assassinado pela namorada, que em seguida suicidou-se.Um crime passional, “movido pelo ciúme excessivo de Suzana”. Fragoso lembrou que as mortes ocorreram na madrugada da véspera de São João. Ele reconheceu que os ex-seguranças podem até ter escutado o barulho dos tiros, mas pensaram se tratar de fogos de artifício. O caso PC é marcado por uma grande reviravolta. Logo no começo das investigações, as mortes foram definidas pelos policiais responsáveis pelo inquérito como homicídio seguido de suicídio. Um laudo do legista da Universidade de Campinas (Unicamp) Badan Palhares atestou o que então seria a versão oficial por dois anos. MAS,  na contramão das autoridades, o coronel da Polícia Militar e então professor de medicina legal da Universidade Federal de Alagoas, George Sanguinetti, questionou a tese desde o seu início, assegurando se tratar de duplo homicídio. Depois de ser chamado de “maluco” por investigadores alagoanos, ele conseguiu mudar o rumo do processo. Foram necessários dois anos de investigação para que a tese levantada por Sanguinetti fosse levada em conta pelo Ministério Público e se tornasse oficial no processo. O ponto-chave para a mudança, diz ele, ocorreu em 1998, com a contratação de outros dois peritos –Genival Veloso de França (da UFPB) e Daniel Munhoz (USP)–, que atestaram que a tese de crime passional não se sustentava. Uma nova investigação teve início. Para Sanguinetti, o caso só teve uma reviravolta por conta da repercussão na imprensa e porque ele denunciou um "esquema" de autoridades de Brasília. Quinze anos depois, Sanguinetti não esconde que ainda teme algum ato de violência. “Hoje, eu que sou o arquivo vivo. Eu sei o caminho percorrido para que PC fosse silenciado. Tudo que eu tenho transferi para três autoridades de alta confiança, que são de fora do Estado. Se fiquei vivo, devo à imprensa, que nunca aceitou a farsa do crime passional”, Hoje, Sanguinetti mantém seguranças particulares e pouco saí de casa: “Existindo vontade política, poderá haver uma nova reviravolta. A morte de PC foi um crime político-financeiro. O caminho percorrido pelos que tramaram está nos autos. Não precisa ir longe. Suzana foi uma coadjuvante, estava no lugar errado, na hora errada”.
Acompanharemos o julgamento, mas sinceramente, não cremos que a Justiça chegará aos verdadeiros culpados, a não ser que os réus apresentem novos fatos e revelações. Se não fizeram até agora, parece pouco provável, mas podem ter guardados alguns trunfos p/o momento certo!Veremos!
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